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RenovaBR celebra o Dia Internacional da Mulher Negra Latino-Americana e Caribenha

24.07.2024
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O 25 de julho é uma data de extrema importância no calendário de lutas e conquistas das mulheres negras, latino-americanas e caribenhas. Comemorado como o Dia Internacional da Mulher Negra Latino-Americana e Caribenha, essa data representa um momento de reflexão, fortalecimento e união em torno das questões que afetam diretamente essas mulheres.

Por que o Dia Internacional da Mulher Negra Latino-Americana e Caribenha foi criado?

A origem dessa celebração remonta ao ano de 1992, quando um grupo de mulheres negras se reuniu no primeiro Encontro de Mulheres Negras Latinas e Caribenhas, em Santo Domingo, na República Dominicana. Esse evento foi um marco histórico, onde diversas lideranças discutiram problemas e buscaram alternativas para enfrentar a desigualdade e a violência que assolam a população negra na América Latina e no Caribe. Deste encontro, surgiu a Rede de Mulheres Afro-latino-americanas e Afro-Caribenhas, que, em parceria com a Organização das Nações Unidas (ONU), conseguiu o reconhecimento oficial do dia 25 de julho como uma data internacional de luta e celebração.

No Brasil, a importância dessa data foi reforçada em 2014, quando, através da Lei nº 12.987, o dia 25 de julho também passou a ser o Dia Nacional de Tereza de Benguela e da Mulher Negra. Tereza de Benguela foi uma líder quilombola que resistiu bravamente à escravidão, tornando-se um símbolo de resistência e luta pela liberdade.

A realidade racial da população brasileira 

Segundo o IBGE, a população negra no Brasil corresponde a 54% do total, mas enfrentam desafios imensos. Três em cada quatro pessoas em situação de pobreza são negras. Essa realidade é refletida também em outros países da América Latina e do Caribe, onde 200 milhões de pessoas se identificam como afrodescendentes. A violência e a desigualdade atingem de forma desproporcional as mulheres negras, tornando a necessidade de um dia de reflexão e ação ainda mais urgente.

Gisela Simona, deputada federal pelo Mato Grosso e alumni RenovaBR, destaca a relevância dessa pauta. “Quando você verifica dados das mulheres negras do Brasil, infelizmente são as mulheres negras que mais sofrem violência doméstica, violência obstétrica e enfrentam a maior desigualdade salarial. Que a data de 25 de julho seja uma data de reflexão sobre a importância da mulher negra no nosso país e a contribuição que ela dá todos os dias para o nosso povo. Queremos ser tratadas iguais a todo mundo.”

A importância de discutir as especificidades das desigualdades que atingem as mulheres negras é reforçada pela vereadora de Macaé (RJ) e também alumni, Iza Vicente. “Essa data é muito importante para discutirmos os desafios e problemas sociais que atravessam as mulheres negras, que são diferentes das realidades enfrentadas por mulheres de outras etnias. Ser mulher negra no Brasil, que ainda é muito racista e desigual, traz a missão de ter um dia de mobilização e discussão direcionado para essa pauta”, afirma. 

Já para Aline Torres, ex-secretária Municipal de Cultura em São Paulo e alumni do RenovaBR, reforça a importância do reconhecimento e da ação. “Enquanto estive na Secretaria, conseguimos fazer várias ações inéditas para essa data, empoderando meninas da periferia. Precisamos ter datas de comemoração e luta, mas também brigar pela pauta.”

Nesta data, o RenovaBR se junta às vozes que celebram, refletem e lutam por um futuro mais justo e igualitário para as mulheres negras. É um dia para honrar a história, reconhecer os desafios e renovar o compromisso com a igualdade e a justiça social. Celebrar o Dia Internacional da Mulher Negra Latino-Americana e Caribenha é reafirmar a luta por uma sociedade mais inclusiva e equitativa, onde todas as mulheres possam viver com dignidade e respeito.

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