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Pesquisas Eleitorais: Ferramenta de Monitoramento da Opinião Pública

11.09.2024
Notícias

As pesquisas eleitorais são ferramentas essenciais para compreender as tendências de opinião pública antes das eleições, ajudando a mapear o comportamento do eleitorado. Realizadas por institutos ou entidades especializadas, essas pesquisas capturam a preferência de eleitores, proporcionando uma fotografia momentânea do cenário eleitoral. Contudo, seu impacto e função vão além de números e gráficos, sendo regidas por uma série de regras e processos que asseguram a transparência e confiabilidade desses dados.

O que são e como funcionam?

As pesquisas eleitorais funcionam como levantamentos amostrais que refletem a opinião de uma parcela representativa da população, permitindo prever possíveis resultados e mapear o cenário eleitoral. As metodologias podem variar, mas geralmente incluem entrevistas presenciais, por telefone ou online, abrangendo uma série de questões que ajudam a medir a intenção de voto, a rejeição de candidatos e a percepção do eleitor sobre temas diversos.

Tipos de pesquisas eleitorais?

Existem diferentes tipos de pesquisas, e cada uma desempenha um papel específico durante o processo eleitoral:

  1. Pesquisa de Intenção de Voto: É um levantamento quantitativo que avalia a preferência dos eleitores em determinado momento, indicando quem lidera a corrida eleitoral. Essa modalidade de pesquisa trabalha com dados numéricos, coletados a partir de amostras representativas, e apresenta uma visão geral das intenções de voto no contexto atual da eleição.
  2. Pesquisa de Rejeição: Aponta quais candidatos são mais rejeitados pelo eleitorado, uma métrica importante para campanhas.
  3. Pesquisas Qualitativas: Diferente das quantitativas, elas não focam em números, mas sim nas percepções, opiniões e sentimentos dos eleitores sobre candidatos e propostas.
  4. Tracking Polls: Realizadas diariamente ou com frequência regular, capturam mudanças sutis no comportamento do eleitor ao longo do tempo.
  5. Pesquisa Espontânea: Nesta modalidade, os eleitores são questionados livremente, sem a apresentação de uma lista de candidatos, sobre em quem votariam se a eleição fosse naquele momento. Esse tipo de pesquisa revela o quanto o eleitor está engajado ou já tem uma decisão formada, pois a resposta surge sem influência de nomes pré-selecionados.
  6. Pesquisa Estimulada: Diferente da espontânea, na pesquisa estimulada o entrevistado escolhe sua resposta a partir de uma lista de candidatos apresentados pela pesquisa. Esse formato costuma ser útil para medir o conhecimento do eleitor sobre os candidatos e a consolidação das intenções de voto.

Papel da lei e a transparência

De acordo com o artigo 33 da Lei das Eleições (Lei nº 9.504/1997), qualquer pesquisa relacionada a eleições deve ser registrada no Sistema de Registro de Pesquisas Eleitorais (PesqEle) da Justiça Eleitoral, pelo menos cinco dias antes de sua divulgação. Esse processo é crucial para garantir a integridade e transparência dos dados.

Para o registro da pesquisa, as empresas precisam fornecer informações como quem contratou o levantamento, o método utilizado, o valor investido, além de detalhes sobre o plano amostral, como a distribuição por gênero, idade e renda dos entrevistados. Outro ponto importante é o nome do estatístico responsável, bem como a margem de erro e o nível de confiança da pesquisa.

Controle e fiscalização

Embora o registro seja obrigatório, a Justiça Eleitoral não controla previamente a divulgação dos resultados, que fica sob total responsabilidade da empresa que realizou a pesquisa. Isso significa que a metodologia, os dados obtidos e a publicação dos resultados devem estar disponíveis para serem auditados por partidos políticos, candidatos, coligações, federações partidárias e pelo Ministério Público.

Essas partes interessadas podem contestar uma pesquisa eleitoral, caso identifiquem irregularidades, ou questionar sua metodologia e resultados por meio de ações judiciais. Esse processo de fiscalização é importante para prevenir a disseminação de pesquisas fraudulentas, cuja divulgação é considerada crime, punível com detenção e multa.

Acesso público e consulta

As pesquisas registradas são disponibilizadas para consulta pública no site do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Qualquer cidadão pode acessar o sistema PesqEle e obter detalhes sobre os levantamentos realizados, como o número de registro, o período de realização, a quantidade de entrevistas, a margem de erro e o nome da entidade responsável.

Essa transparência não apenas torna o processo eleitoral mais confiável, mas também oferece ao eleitor ferramentas para verificar a veracidade das informações, especialmente diante do crescente risco de disseminação de fake news.

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